quarta-feira, 8 de abril de 2009

A Gravação do Som – Tipos de Suportes Sonoros - Post 5

A Fita cassete

O cassete ou compact cassete é um padrão de fita para gravação de áudio lançado oficialmente em 1963, invenção da empresa holandesa Philips.
O cassete era constituído basicamente por 2 carretéis, a fita magnética e todo o mecanismo de movimento da fita alojados em uma caixa plástica, isto facilitava o manuseio e a utilização permitindo que a fita fosse colocada ou retirada em qualquer ponto da reprodução ou gravação sem a necessidade de ser rebobinada como as fitas de rolo. Com um tamanho de 10cm x 7cm, a caixa plástica permitia uma enorme economia de espaço em relação às fitas tradicionais.

O audiocassete ou fita cassete foi uma revolução difundindo tremendamente a possibilidade de se gravar e se reproduzir som. No início, a pequena largura da fita e a velocidade reduzida (para permitir uma duração de pelo menos 30 minutos por lado) comprometiam a qualidade do som, mas recursos tecnológicos foram incorporados ao longo do tempo que tornaram a qualidade bastante razoável como: novas camadas magnéticas (Low Noise, Cromo, Ferro Puro e Metal), cabeças de gravação e reprodução de melhor qualidade nos aparelhos e filtros (dolby, dnr) para redução de ruídos.

Os primeiros gravadores com áudio cassete da Philips já eram portáteis, mas no final dos anos 70 com a invenção do walkman pela Sony, um reprodutor cassete super compacto de bolso com fones de ouvido, houve a explosão do som individual.


O CD (Compact Disk)

O disco compacto digital (Digital Compact Disc) o CD, que é muito comum em aparelhos de som e computadores, foi inventado no final dos anos 60 por James T. Russell.

Russell nasceu em Bremerton, Washington em 1931. Russel foi para faculdade de física de Reed College em Portland em 1953. Posteriormente, ele já estava trabalhando como físico na General Electric perto dos laboratórios em Richland, Washington.

Na GE, Russel iniciou muitos experimentos. Ele estava entre os primeiros a usar a tv em cores e o teclado que na verdade era o inicio dos computadores modernos. Ele projetou e construiu o primeiro ferro de soldar eletrônico.

Em 1965, quando foi inaugurado o Memorial Institute no Pacifico em Richland, Russel fez muitos esforços e conseguiu entrar como cientista no instituto. E a partir daí ele já sabia qual tipo de pesquisa ele iria fazer.

Russell teve alguns anos de trabalho, e finalmente teve sucesso em inventar o primeiro sistema de gravar e tocar digital-para-ótico (patenteado em 1970). Ele conseguiu gravar em uma placa de plástico sensível a luz que eram sensíveis a pequenos “bits” de claridade e escuridão, cada um com um micro diâmetro, um laser lia os dados binários, e o computador convertia os dados lidos.

Esse foi o primeiro compact disc, embora Russell já naquela época previsse que existiriam os futuros disc-man que caberiam dentro de um bolso, e que os vídeos no futuro seriam gravados em CD.

Nos anos 70, Russel continuou a refinar o CD-ROM, adaptando para todo tipo de dados. Como muitas idéias a frente de seu tempo, o CD-ROM achou muitos investidores sérios, os primeiros a comprar as licenças.

CD é a abreviação de Compact Disc ("Disco compacto", em em inglês), é um dos mais populares meios de armazenamento de dados digitais, principalmente de música comercializada e softwares de computador, caso em que o CD recebe o nome de CD-ROM.

A tecnologia utilizada nos CD é semelhante à dos DVD. O que difere e o comprimento de onda do raio laser utilisado mas leituras de uma e outra mídia.

A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção dos Compact Discs prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil serem considerados obsoletos (mas ainda hoje, para muitas pessoas, o vinil continua firme em suas predileções visto que nos discos deste tipo o áudio é gravado como verdadeiramente é, enquanto que nos CD o quê se escuta é apenas uma amostragem, ainda que a uma taxa bem alta, do som original).

Com a banalização dos discos compactos, a consecutiva banalização de gravadores de CD permitiu a qualquer utilizador de PC gravar os seus próprios CD, tornando este meio um sério substituto a outros dispositivos de backup.

Tornaram-se então comuns os discos "virgens" para gravação apenas, e os discos que podem ser "reescritos". A diferença principal entre estes dois é precisamente a capacidade de se poder apagar e reescrever o conteúdo no segundo tipo, característica que iria contribuir para o desaparecimento dos/das disquetes como meio mais comum de transporte de dados.

Efetivamente, um CD é agora capaz de armazenar conteúdo equivalente a aproximadamente 487 disquetes de 3 1/2" (com capacidade de 1,44 MB), com muito maior fidelidade - uma das características negativas dos/das disquetes era a sua reduzida fidelidade, já que facilmente se danificavam ou corrompiam. Como exemplo, a exposição ao calor, frio e até mesmo a proximidade a aparelhos com campo magnético como celulares ou telemóveis.

A Philips foi a principal empresa responsável pela criação/desenvolvimento do CD-ROM. Depois, outras empresas como a Sony e a TDK entraram rapidamente na nova geração digital.

Um CD é um disco de acrílico, sobre o qual é impressa uma longa espiral (22.188 voltas, totalizando 5,6 km de extensão). As informações são gravadas em furos nessa espiral, o que cria dois tipos de irregularidades físicas: pontos brilhantes e pontos escuros. Estes pontos são chamados de bits, e compõem as informações carregadas pelo CD.

A leitura destas informações é feita por dispositivos especiais, que podem ser CD Players ou DVD Players. A superfície da espiral é varrida por um laser, que utiliza luz no comprimento infravermelho. Essa luz é refletida pela superfície do disco e captada por um detector. Esse detector envia ao controlador do aparelho a sequência de pontos claros e escuros, que são convertidos em "uns ou zeros", os bits (dados binários). Para proteger a superfície do CD de sujeira, é colocada sobre ela um disco de plástico especial.

Um CD contém quatro camadas: a primeira consiste no rótulo, conhecida como camada adesiva; a segunda é uma camada de acrílico, que contém os dados propriamente ditos; a terceira é uma camada reflexiva composta de alumínio e, finalmente, uma quarta, chamada de camada plástica, feita de policarbonato. A cor prata que vemos no CD é o resultado da soma das camadas de gravação e reflexão. Em um CD-R, a composição das camadas é diferente, para que a mídia possa ser gravada usando um sistema "caseiro".


Memória Flash

A Toshiba inventou a memória Flash nos anos 80 como uma nova tecnologia de memória que permitia que os dados armazenados fossem salvos mesmo quando o dispositivo de memória estava desconectado de sua fonte de energia.
Desde então, a tecnologia de memória Flash evoluiu e tornou-se a mídia de armazenamento preferida para uma variedade de dispositivos de consumo e industriais

Para dispositivos de consumo a memória flash e largamente utilizada em:
• Notebooks • Câmeras digitais
• PDAs (Personal Digital Assistants)
• Telefones Celulares
• GPS (Global Positioning Systems)
• Instrumentos musicais eletrônicos
• Reprodutores de música de estado
• Aparelhos set-top para televisão
• Sólido (solid-state) como MP3 players
• Pagers
• PCs

A memória Flash também é usada em muitas aplicações industriais cujos principais requisitos são a confiabilidade e a retenção de dados em situações de falta de energia, como:

• Sistemas de segurança
• Sistemas militares
• Computadores incorporados
• Unidades de disco de estado sólido
• Produtos de sistemas de rede
• Dispositivos de comunicação sem fio de comunicação
• Produtos médicos
• Produtos de gerenciamento para varejo (por exemplo, scanners portáteis)

Graças a ela se popularizam os Pen Drives, os MP3, as câmaras digitais (fotográficas e filmadoras), os HDs para computadores e notebook que não precisam mais ter um disco giratório o que garante uma vida muito maior ao equipamento e muitos outros “brinquedos” que fazem parte do nosso dia a dia.

Então, começamos com o cilindro de cera e evoluímos para a memória flash.
Em cerca de 80 anos os suportes sonoros evoluíram de rústicos equipamentos para o iPod touch e outros tocadores de música digital onde a pureza do som é absoluta. Nada mais é analógico em uma gravação. Tudo é obtido digitalmente desde o “master” que gera as cópias das mídias até os reprodutores. Só nos resta agora como ponto fraco e pouco evoluído os alto-falantes e os fones de ouvido.

Veremos até quando eles serão os pontos fracos na cadeia.

Abraços a todos.

Fonte (Museu do Computador - Associação Cultural dos Amigos da Informática)
Mantidas as fontes